Guido Araújo (1933-2017) é um dos cineastas baianos mais conhecidos. Natural da cidade de Castro Alves, no Recôncavo Baiano, além de ter sido professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), entre 1971 e 1999, e ter dirigido vários documentários etnográficos revelando a riqueza natural e cultural do interior do estado (como Maragogipinho, A Morte das Velas do Recôncavo, Lambada em Porto Seguro e Festa de São João no interior da Bahia) Guido entrou para a história do cinema baiano, nacional e internacional por ter criado, em 1972, a Jornada Internacional de Cinema da Bahia, um dos eventos culturais mais importantes do estado e que impulsionou o cinema baiano. A Jornada, que a princípio tinha o título de Jornada Baiana de Curta-Metragem, além de ser um festival de exibição e discussão de filmes, foi, principalmente, um pólo de contestação cultural à ditadura militar brasileira. A partir dela, em 1973, foi criada a Associação Brasileira de Documentaristas e em 1985, em sua 14ª edição, a Jornada tornou-se Internacional, agregando cineastas e documentaristas da América Latina, Caribe e Europa Ibérica. Conheça a página dedicada ao cineasta no Caderno de Cinema.